Pessoas que não têm o que fazer:

quinta-feira, dezembro 9

Nós.



Vejo tudo enevoado. Consequência da paixão, que embora o amor, ainda é existente e não abre mão de cegar, ensurdecer e calar. Por sorte, não preciso tanto desses sentidos para me oprimir, me basta que seus olhos permaneçam fundados nos meus e que distância que separa o toque das mãos, não mais exista, pois não sei mais o que fazer sem o seu amor a alimentar-me os dias, ter o seu sorriso aberto aos fins de semana a entrar-me pelo coração por vezes me parece suficiente, mas na realidade eu nem sei como é que chego ao fim do dia sem estar enroscada no sofá a ver filmes ou a ler livros, em plena melancolia, não sei como agüento tanto tempo sem sua presença e seu conforto. Deve ser que sei que tempo passa depressa, e que a cada novo sol, menos tempo resta para nosso encontro de olhares.
O tempo é a coisa mais relativa do mundo. Essa vida parece até que vai mais depressa do que nós, parece que os dias comem uns aos outros. E é em alguns desses dias, que o amor fala mais alto e nos faz ver, ouvir e falar demasiado, fato que já nos arrancou lágrimas das entranhas. Lágrimas que ardem no peito e no orgulho, mas que pouco a pouco morrem sem deixar vestigios. O amor elimina. Provoca mas também elimina, e quando os olhos não mais puderem ver o que não existe, quando tudo estiver enevoado, sentirei-me a pessoa mais completa e feliz. Verei o que realmente existe, de fato: eu, você e o nosso amor, fértil.

2 comentários:

gih. honts' disse...

gosto muito de uma fertilidade amorosa.

gih. honts' disse...

naaaada. HEOIHOIEE
é só umas coisinhas que me vieram a cabeça. mas não foi exatamente pelo o que eu passei. eu passei a ter desprezo de uma pessoa, mas ela não me deixou não. se ela tivesse me deixado, talvez não a desprezasse tanto.

a única pessoa que me deixou é gente bonissima, apesar de orgulhosa. D: