Pessoas que não têm o que fazer:

sexta-feira, novembro 26

But tomorrow may rain, so I'll follow the sun

Os dias se passam rápido. Ontem mesmo me peguei olhando para o céu, perguntando à minha força maior se meus atos refletiriam em um bem para mim, e hoje tenho o conhecimento adquirido ao passar dos dias que mais pareceram horas, que não preciso ter medo desse labirinto que me vem à frente, o único do qual nunca quero sair. Com calma eu posso mapeá-lo e conviver da melhor forma possível, detendo o pânico nas horas difíceis, dando o meu melhor para permanecer.
Os dias se passam rápido. Ontem mesmo eu estava sentada a calçada da rua, dizendo entre dentes o que eu falho sempre ao falar sobre, mas tentei, ontem eu tentei, hoje eu consigo e só consigo por um dia ter tentado e por ter me segurado o que me é de mais humano: as lágrimas.
Ontem mesmo eu estava apaixonada, sentada a beira de uma piscina me afirmando boba, questionando a reciprocidade de meu sentimento e com a vontade de fugir, como sempre. Mas não fugi, olhei bem fundo nesse seu abismo e pedi que secasse minhas lágrimas e curasse minha ferida.
Hoje, eu amo. Sem intensidade porque o amor por si só já é infinito. Amo, e não poderia explicar o inexplicável, nem descrever o indescritível. Eu amo você e isso por si só, já me basta.

NÃO!

Não sou o tipo de pessoa que baseia-se nos outros, que sente o que os outros sentem, que vive o que os outros vivem e que fala o que os outros falam. Irrelevando, claro, o fato de que sou uma pessoa de costumes comuns, de cultura ocidental, que porém, tenta da melhor maneira possível, encontrar aquilo que completa sem necessidade de ser manipulada por alguém. Digo isso porque observo pessoas há muito, e percebo que elas querem (subconscientemente ou não) ser iguais. Disputas por topo de depoimento em sites de relacionamentos, palavras precoces e ileais, ouvem a música que todos ouvem (ou tentam ouvir as que ninguém ouve, mesmo não curtindo), vestem-se bem com o intuito de causar inveja e não se importam com muitas coisas além disso. Não estou comentando sobre a geração de 5 a 14 anos (geração Colorida) estou falando de pessoas da minha faixa etária, pessoas que eu já convivi e não mais me interessam.  Nada contra, só não vivo disso, vivo de coisas concretas. Até o meu amor, dito na gramática como abstrato, é concreto.

quinta-feira, novembro 25

Uma vida.

Metade de uma vida inteira se passou, considerando-se o fato que uma vida inteira pode ser mais curta do que imaginamos e mais longa do que parece ser.
Uma vida inteira pode passar imperceptivelmente, complicada é a consciência pesada de quem não a aproveitou, de quem esperou a cada novo dia o próximo, sem perceber que metade de uma vida inteira se passou. Por ventura acabo que aproveitei os segundos como se fossem irrevogáveis, e eram, de fato. E mesmo se eu pudesse voltar atrás...faria tudo igual, pois agora posso descansar, aliás, já vivi os últimos segundos de minha vida por diversas vezes, fui o equilíbrio dentre os dois sentimentos habituais: a alegria e a tristeza.
Fui feliz enquanto criança, fui triste quando quis ser madura. Mas vivi, e esse é a único fato que pessoa alguma pode me tirar. Que me tirem a vida, mas a sabedoria acumulada ficará sempre com seu sábio.
Só não me compreenda mal, ainda tenho muito a viver, muito a sorrir e muito a chorar, só irei optar por viver os dias um a um, sem pressa. Eu quero que essa outra metade de vida que me resta, seja mais longa que essa citada, a que se passou.

sexta-feira, novembro 5

Limite Humano

É comum. Quero precisar, sem exigências, sem que me coloquem em provas de fogo ou me submetam a interrogatórios que não levam a lugar algum.
Quis ser algo que não poderia ser, quis vencer o que era indestrutível e fui falha por muitas vezes. Se é armadilha da vida, não sei, só aprendi que quando te arrancam as entranhas por diversas vezes, a dor é menos incomoda, e a resistência é maior.
Resisti até tal ponto que as dores de cabeça, as noites insones e o amor, já não me fazem sentir viva. Vivo e não respiro, só sinto a vida passar...  Os frequentes pensamentos importunos que tanto me afligem, me fazem esquecer quem sou, ou lembrar demasiado, quem era eu.
 E quando eu acordar desse sonho aflitivo com sensação opressiva, as flores começarão a nascer outra vez, o sol, irá brilhar, só para mim, todas as manhãs de cada novo dia. Por enquanto, continuarei sendo, da forma mais humana possível, o limite fictício de cada extremidade da cama, esperando palavras vagas, sem nenhuma metamorfose...
Estarei debruçada diante de ti, diante de todos, da forma mais humana possível.
Por tudo, estarei consciente de que não posso; não posso me mostrar sólida e segura enquanto estou fraca, não mais, esse é meu limite.
 -



Me falaram que ficarei louca se não parar de pensar tanto...
Me falaram, que talvez, eu fosse o que eu era e o que sou, não sou eu.
Mas eu só acredito no que minha mãe diz.

quarta-feira, novembro 3

Desorganizado





Enquanto eu continuar acreditando em palavras bonitas, talvez fingindo acreditar, haverá esperança.
Previno-me do amor e já me dei várias chances, continuarei dando. Um humano sem amor provavelmente será infeliz, arderás em guerras, destruirá sorrisos. Mas enquanto houver esperança de que todos são os certos, haverá amor nascendo e morrendo, nascendo e morrendo, nascendo e morrendo. Morrendo e nascendo.
Por vezes já me deu vontade de dizer “QUE MORRA DE UMA VEZ!”. Mas ele permaneceu por tanto tempo sem ser despertado que seria desperdício mandar tudo para o inferno.
Engraçado que ontem eu disse que tinha vontade de curtir a vida como antes, ignorando sentimentos... Nem eu mesma sei o que quero, por me basear nas pessoas a minha volta, que não sabem o que querem.
Não quero lágrimas aos meus pés, não quero o álcool evaporando ao meu cérebro, não quero lixo em minhas veias, não quero sexo em brasa. Só gosto do meu cigarro, de fato. Só me incomoda o cheiro, não a mim, mas os outros não são obrigados a sentir cheiros desagradáveis. É, venho me importando com os outros, como se eles fossem se importar comigo também, nunca fui a favor de “trocas-trocas” mesmo. Só.
Vou sentar e esperar o dia amanhecer, como todos os outros. Amanhã me lamentarei por não ter feito nada, por ter esperado demais dos outros, das outras, e eu? Fiz algo para mudar isso?
É que eu sempre sei que o sol não vai parar de nascer.