Clarice Lispector.
A dor é mais aguda, intensa e incômoda.
Árvores e borboletas faziam poesia. O fogo, orquestra melancólica.
5 cores de cabelo e um propósito, não me lembro qual, ficaram para trás;
E a maneira da qual aquele homem sentado do outro lado da praça vê, permanece, quem sentiu, mudou, muda, transforma. Junte os pedaços do que restou, e Voilá! Tens o que sou, mas, saberás o que sinto? O que digo? O que penso?
-Lamento, mas não posso fazer nada.
Ah, poupe-me dessa sua atitude medíocre. Vou é fumar um cigarro e correr contra o tempo que já estão me esperando para o jantar. Continue aí, sentada com essa sua bunda gorda nesse sofá que fede a gatos.
Nada contra gatos não, eles são sua única compania, eu sei. Você poderia muito bem mudar o mundo, nem que fosse “sua parte” do mundo, mas prefere ficar aí, debruçada no sofá, no chão... snif, digo isso porque me importo.
Mas isso me cansa... [...]
Lá fora está fazendo um barulho estranho, o vento. Acho que vai chover, vou tomar um banho quente, assistir um filme, comer pipoca, ler um trecho do meu livro favorito e escrever para ele.
Ele, o vento.
Obs.: Difícil é escrever algo sem alguma relação com o amor, quando o que mais quero, é abraçá-lo e dizer baixinho que o amo.
Um comentário:
pipoca e filme. hm...café.
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