Pessoas que não têm o que fazer:

terça-feira, novembro 1

Together



Era maio frio, chuvoso e cinza quando me despi ao luar a fim de juntar corpos e dançar a música da eternidade, que não soava como desejava, mas me adaptava ao ruído fino que adentrava causando inconsciência a cada noite fria.
Com todas aquelas histórias a contar, eu envelheci ao lado de um outrem como se aquela fantasia de noiva fosse durar o baile inteiro, como se o verão sempre fosse inverno e a minha felicidade dependesse do clima que sempre errava. A lua tinha mais a dizer para o outrem, do que ao eu, sempre disposta a decair aos seus pés, derramando os frutos do destino.
E não é metáfora isso de sempre ser o que não posso ser. É que sou misteriosa o bastante para não deixar que entres adentro como se eu fosse um museu que o passado pouco viu, mas fez pedaço milênios atrás. Se posso ser pouco do que não entendes, assim serei como as palavras que aqui jogo para formar um desentendido de sentimentos.

E ao separar siameses, ás vezes um deles morre.                             

Juntos, em alma e pensamento para toda uma eternidade.                                                                                                                     

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